quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Orgulho rubro-negro

Texto de SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA publicado em 15/07/2010 às 15h38m

Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer!Mais de 35 milhões de pessoas cantam com orgulho nosso hino. O Flamengo é uma nação, que nasceu dentro de outra. E, como toda nação, escreve a sua história, com grandezas e fragilidades, tem os seus heróis e seus vilões, mártires e traidores.

O Flamengo democratiza porque não distingue classes, irmana homens e mulheres, ricos e pobres, negros e brancos, doutores e iletrados. Ele sai às ruas, não se fecha em sedes, sobe os morros, cruza fronteiras, vence o tempo e as distâncias, a todos os seus filhos aproxima, no sentimento de uma só paixão.

Em 15 de novembro de 1895, quando foi fundado o Flamengo, algo mágico ocorreu, um destes inexplicáveis momentos que constroem a eternidade, que rompem a simples cronologia do tempo, e que são a centelha de energia que faz e que escreve a história das nações.

Espraiou-se pelo país a mística rubro-negra, como uma epidemia às avessas, uma epidemia do bem, com a contaminação do orgulho de ser Flamengo.

Ser Flamengo é um determinismo biológico. Nós nascemos rubro-negros, crescemos rubro-negros e morremos rubro-negros. Ele é sonho que se sonha nas arquibancadas e nos palácios, é remanso e corredeira, realidade e utopia, o ontem e o amanhã, porque para nós, rubro-negros, ele é tudo. O Flamengo não se explica, nem se define. Apenas se sente, como são sentidas as paixões. Ele não se oferece a nós, nós é que nos oferecemos a ele. Não nos cobra a vida, nós é que lhe doamos o corpo e a alma.

O lamentável episódio que envolve o goleiro Bruno atinge, como não poderia deixar de ser, o Flamengo, mas deve ser compreendido em suas reais e jurídicas dimensões. Não se pode condenar o Brasil porque tivemos um Calabar, nem a Alemanha pelo que fez Hitler. Judas não tornou desprezível toda a raça humana.

Bruno, seja o que tenha feito, e apesar das glórias e títulos que nos ajudou a conquistar, não é o Flamengo, e não age em seu nome. O Flamengo também é Zico, Júnior, Zizinho, Andrade e Rondinelli. É ainda César Cielo, Patrícia Amorim (natação), Oscar Schmidt, Marcelinho (basquete), Buck (remo), Diego e Daniele Hypólito (ginástica olímpica), e tantos outros que construíram sua grandeza, conquistando títulos nacionais e internacionais.

São milhões de torcedores, que comemoram com orgulho as vitórias e sofrem estoicamente as derrotas. As inúmeras piadas, perversas e de mau gosto, que circulam pela internet, não atingem apenas o Flamengo, que está muito acima delas, mas desrespeitam muito mais a dor dos que amavam a vítima e amesquinham quem as cria ou as transmite na censurável comemoração do macabro e da desgraça.

O Flamengo sofre e sangra com a vítima, não brinca com o crime, não absolve os culpados, mas não pode ser com eles condenado. Bruno, ou quem quer que seja, jamais conseguirá matar o Flamengo!

*SYLVIO CAPANEMA DE SOUZA é presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Exame de faixa BUDOKAN 2010

Leonardo, Felipe, Rodrigo, eu, Sensei Jorge Rocha, Thomas e Joel

Ideologias e espíritos

  • Quem teme perder já está vencido.
  • Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo humildade.
  • Quando verificares com tristeza que não sabes nada, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
  • Nunca te orgulhes de haver vencido a um adversário, ao que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
  • O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.
  • Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.
  • O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam, paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes e fé para acreditar naquilo que não compreende.
  • Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas.
  • Praticar judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Policiais ganham reality shows e cadeira cativa na TV

Em SP, 'Operação de risco' e 'Polícia 24 horas' acompanham rotina do crime. No Rio, ex-capitão do Bope se destaca como comentarista do 'RJTV'.

Veja em: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/12/policiais-ganham-reality-shows-e-cadeira-cativa-na-tv.html

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Petrobras e ABNT lançam no Brasil ISO 26000, norma internacional de Responsabilidade Social

Fonte: Petrobras (Responsabilidade social e ambiental - Comunicação)

Norma que orientará as organizações para atuação socialmente responsável foi discutida durante oito anos por 400 especialistas de mais de 90 países

A Petrobras e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançaram nesta quarta-feira (8/12), em solenidade na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a ISO 26000 – norma internacional da Responsabilidade Social.

Na ocasião estiveram presentes Ana Paula Grether, coordenadora do Relatório de Sustentabilidade da Petrobras e representante da Indústria na delegação brasileira na ISO 26000, Jorge Cajazeira, gerente corporativo de Competitividade da Suzano Papel e Celulose e presidente do Grupo de Trabalho Internacional da ISO 26000; Eduardo São Thiago, gerente de Relações Internacionais da ABNT e co-secretário do Grupo de Trabalho Internacional da ISO 26000; Kevin McKinley, vice-secretário geral da ISO, além de representantes da Fiesp, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e demais participantes da delegação brasileira na ISO.

A ISO 26000 foi discutida durante oito anos por 400 especialistas de mais de 90 países. A delegação brasileira teve a Petrobras como representante da indústria nacional. O documento final apresenta a expectativa da sociedade quanto à atuação das empresas em relação a questões como direitos humanos, práticas trabalhistas, meio ambiente, governança, entre outros temas de responsabilidade social.

Para Ana Paula Grether esta norma é muito importante porque orienta todas as organizações na atuação socialmente responsável. ”A ISO 26000 é um marco e, talvez no futuro, seja um pacto social entre a sociedade e as organizações. Além disso, por ter sido elaborada por diversas mãos representa o que a sociedade espera de nós na questão socialmente responsável”, destaca a coordenadora do Relatório de Sustentabilidade da Petrobras e representante da Indústria na delegação brasileira na ISO 26000.

A norma é considerada inovadora, pois é a primeira norma ISO construída por um grupo de trabalho presidido conjuntamente por um país desenvolvido, a Suécia, e um país em desenvolvimento, o Brasil. Além disso, pela primeira vez a ISO utilizou um sistema participativo composto por seis partes interessadas (representantes da indústria, do governo, dos trabalhadores, dos consumidores, das ONGs, de instituições acadêmicas, de pesquisa e consultoria). Vale ressaltar que a norma tem caráter voluntário e orientador, não implica certificação nem verificação externa por terceiros.

A Petrobras em parceria com a ABNT apoiou a delegação brasileira na construção da norma. Em quatro anos, foram realizados 14 seminários no país, que envolveram mais de mil participantes, para debater os temas da norma. “Esses eventos mostraram o protagonismo do Brasil na difusão da construção participativa da norma. Nenhum outro país envolvido na discussão da norma promoveu tamanho debate interno sobre sua construção”, explica Ana Paula Grether.

A parceria da Petrobras com a ABNT continua após o lançamento da norma. A partir de 2011, serão realizados mais seminários em todas as regiões do país (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Manaus e Porto Alegre) para disseminar a aplicação da ISO 26000. A norma, cujo preço de comercialização no Brasil é de R$ 180,60, será distribuída gratuitamente nos seminários.

Ana Paula enfatiza também o pioneirismo do Brasil no processo da responsabilidade social. “A delegação brasileira foi muito participativa no processo de construção da ISO 26000, levando a contribuição das diferentes partes interessadas ao grupo de trabalho internacional: indústria, governo, trabalhadores, consumidores e organizações da sociedade civil. O foco agora é incentivar a implantação da norma no país”, afirma Ana Paula.

Além disso, a Petrobras é a primeira empresa brasileira a se comprometer em adotar a ISO 26000. “Nós acompanhamos todo o processo de construção da norma. Então nós já trouxemos esse conhecimento para dentro da empresa e a partir disso formulamos requisitos de excelência em responsabilidade social com linhas de ação específicas”, enfatiza a representante da Petrobras.

A Petrobras elaborou 80 requisitos de excelência em Responsabilidade Social, seguindo os dez princípios do Pacto Global e baseando-se também no conteúdo da norma e em outros indicadores de relevância internacional, como os da Global Reporting Initiative e o questionário do Índice de Sustentabilidade Dow Jones.

Entre as ações internas da Petrobras quanto à implementação das diretrizes da ISO 26000, estão a formatação de curso específico sobre os temas da norma para seus funcionários na Universidade Petrobras e a capacitação em responsabilidade social para fornecedores, em parceria com o Sebrae. A primeira iniciativa está relacionada à questão de desenvolvimento humano e capacitação no local de trabalho e à integração de responsabilidade social em toda a organização, tratados pela norma. E a segunda iniciativa está alinhada ao conceito de Esfera de Influência, também definido na norma. A ISO 26000 relaciona os temas da responsabilidade social que devem ser considerados na esfera de influência e na cadeia de valor da organização, incluindo, por exemplo, seus fornecedores, parceiros comerciais, distribuidores e clientes.

Sobre a norma

A ISO 26000 elenca os princípios e temas centrais de responsabilidade social e orienta como as organizações devem integrá-los em sua atuação, considerando os impactos econômicos, sociais e ambientais de suas atividades, diretos ou indiretos.

Entre outros tópicos, a ISO 26000 definiu o conceito de responsabilidade social: “Responsabilidade de uma organização sobre os impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente através de comportamento transparente e ético que contribua para o desenvolvimento sustentável, incluindo saúde e o bem estar da sociedade; leve em conta a expectativa das partes interessadas; esteja de acordo com as leis aplicáveis e consistente com as normas internacionais de comportamento; e esteja integrada através da organização e praticada nos relacionamentos desta”.

São temas centrais da norma:

Governança organizacional – Trata dos processos e estruturas de tomada de decisão, delegação de poder e controle. O tema é, ao mesmo tempo, algo sobre o qual a organização deve agir e uma forma de incorporar os princípios da responsabilidade social à sua forma de atuação cotidiana.

Direitos humanos – Inclui verificação de obrigações e de situações de risco; resolução de conflitos; direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais; direitos fundamentais do trabalho; evitar a cumplicidade e a discriminação; considerando grupos vulneráveis.

Práticas trabalhistas – Refere-se tanto a emprego direto quanto ao terceirizado e ao trabalho autônomo. Inclui emprego e relações do trabalho; condições de trabalho e proteção social; diálogo social; saúde e segurança ocupacional; desenvolvimento humano dos trabalhadores.

Meio ambiente – Inclui prevenção da poluição; uso sustentável de recursos; combate e adaptação às mudanças climáticas; proteção e restauração do ambiente natural; e os princípios da precaução, do ciclo de vida, da responsabilidade ambiental.

Práticas operacionais justas – Compreende combate à corrupção; envolvimento político responsável; concorrência e negociação justas; promoção da responsabilidade social na esfera de influência da organização; e respeito aos direitos de propriedade.

Questões dos consumidores – Inclui práticas justas de negócios, marketing e comunicação; proteção à saúde e à segurança do consumidor; consumo sustentável; serviço e suporte pós-fornecimento; privacidade e proteção de dados; acesso a serviços essenciais; educação e conscientização.

Envolvimento com a comunidade e seu desenvolvimento – Refere-se a investimento social; desenvolvimento tecnológico; investimento responsável; criação de empregos; geração de riqueza e renda; promoção e apoio à saúde, à educação e à cultura.

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