Temos
que ser sérios, razoáveis, aceitáveis, empregáveis. Aprendemos que para tanto,
precisamos seguir as regras do jogo, independentemente destas regras machucarem
nossa autoestima ou contrariarem nossos valores e princípios, roubando nosso
direito de sermos autênticos. Não estamos nos referindo somente às regras
sociais ou profissionais.
Mais tarde, na vida, nós começamos a aprender que precisamos trocar nosso tempo e esforço por dinheiro para que possamos nos sustentar. Sem sentido, sem razão, sem valor, apenas as regras do jogo.
O maior problema ao associar metas e desejos com felicidade é que não há garantia alguma de que nossas conquistas produziram momentos felizes, também não é possível saber o quanto esta felicidade durará.
Adotar este comportamento, entretanto, buscando momentos felizes, é como apoiar a escada na parede errada. Apesar de ser nossa natureza buscar emoção, prazer e significado, as cobranças do dia-a-dia fazem com nossas necessidades falem mais alto e se imponham entre nós e nossa satisfação. O que provoca insatisfação não são as conquistas em si, que supostamente não mais nos fazem felizes, mas nossos problemas íntimos, nossa dificuldade em lidar com problemas, adversidades, incertezas e limitações.
Já em
nossos primeiros anos de vida somos expostos ao jogo da troca. Nossos pais
trocam amor e carinho por obediência e bom comportamento. Já desde cedo
aprendemos que amor é condicional se não fizermos o que aqueles que
amamos querem... É claro que em casos de pais e filhos isso não vale. Os pais
não deixarão realmente de amar seus filhos se estes não forem obedientes, mas
ao jogarem o jogo da troca, é esta a mensagem que ficará gravada no
subconsciente da criança.
Nós
basicamente queremos três coisas na vida: emoção, prazer e significado. Nós
queremos nos sentir vivos, queremos sentir o mundo ao nosso redor e queremos
que tudo em nossa vida tenha sentido.
À
medida que crescemos aprendemos a nos vender em troca de atenção, amor,
dinheiro (trabalho) e tranquilidade. Nos é negada uma explicação para nossas
perguntas até que desistimos de procurar por significado e nos entregamos à normalidade.
Mais tarde, na vida, nós começamos a aprender que precisamos trocar nosso tempo e esforço por dinheiro para que possamos nos sustentar. Sem sentido, sem razão, sem valor, apenas as regras do jogo.
Temos
que ir pra escola para conseguirmos um pedaço de papel que prova para outras pessoas
o quanto nós valemos em termos de força de trabalho. Supostamente que quem tem
muitos papéis merece ganhar mais, quem não tem papel nenhum não merece ganhar
muito.
Por
dentro, entretanto, nós ainda somos aquela criança que deseja profundamente emoção,
prazer e significado. Apesar de termos nos aquietado por menos, para assegurar
nosso lugar no mundo sem sermos chamados de esquisitos, perdedores ou
inadequados, nós ainda queremos a mesma coisa.
Emoção,
prazer e significado são o que nós chamamos de felicidade. Se você lembrar dos momentos
felizes em sua vida, você poderá identificar estes elementos presentes. Você
estava se sentindo vivo, estava sentindo um grande prazer, uma grande emoção e
a experiência tinha significado para você.
O maior problema ao associar metas e desejos com felicidade é que não há garantia alguma de que nossas conquistas produziram momentos felizes, também não é possível saber o quanto esta felicidade durará.
Adotar este comportamento, entretanto, buscando momentos felizes, é como apoiar a escada na parede errada. Apesar de ser nossa natureza buscar emoção, prazer e significado, as cobranças do dia-a-dia fazem com nossas necessidades falem mais alto e se imponham entre nós e nossa satisfação. O que provoca insatisfação não são as conquistas em si, que supostamente não mais nos fazem felizes, mas nossos problemas íntimos, nossa dificuldade em lidar com problemas, adversidades, incertezas e limitações.
Felicidade
não são estes momentos, apesar de nos referirmos a eles como tal. Felicidade e
alegria não são sinônimos.
Alegria
é uma emoção. Felicidade é uma postura mental. Ela não pode ser conquistada no
tempo, através de coisas, pessoas ou conquistas, independentemente de serem
materiais ou não. A felicidade real não é o que procuramos através de nossas
ações. Nós temos este desejo profundo de sentirmos uma paz permanente, mas o
que buscamos não é paz, é alegria. Estamos apoiando a escada na parede errada e
nos frustramos cada vez que chegamos ao topo e nos damos conta de que não
encontramos o que estávamos procurando. Enquanto estivermos buscando momentos
alegres, seremos escravos da efemeridade da vida, escravos do tempo.
Quando
associamos felicidade com qualquer coisa no futuro, duas coisas podem
acontecer: 1ª) passaremos a vida inteira buscando algo sem nos darmos conta da
passagem do tempo. Hoje é o amanhã de ontem, mas não percebemos o truque do
tempo e continuamos a falar sobre o futuro como se a felicidade ainda estivesse
ali adiante. 2ª) Ou ficaremos desapontados ao alcançarmos o que queríamos, pois
as emoções que esperávamos sentir não estão lá, ou duraram muito pouco.
Enquanto isso, nós silenciosamente desejamos aquele sentimento de paz profunda,
a real felicidade, mas como temos dificuldade de interpretar o que é esta
vontade, nos dedicamos a buscar emoções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário