sexta-feira, 8 de abril de 2011

SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: Sistematização para preservação e disseminação do conhecimento organizacional

Artigo apresentado como trabalho de conclusão de disciplina no MBKM - Master on Business and Knowledge Management, Centro de Referência em Inteligência Empresarial – Coppe/UFRJ

Assunto da palestra realizada na “Integração” do COMPREJ
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SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: Sistematização para preservação e disseminação do conhecimento organizacional

Luiz José Ribeiro Junior, Centro de Referência em Inteligência Empresarial – Coppe/UFRJ, turma 22 do MBKM - Master on Business and Knowledge Management. lribeirojr@gmail.com.

INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, temos vivido num mundo com grandes transformações, seja pela velocidade e quantidade de informações, ou pela competitividade cada vez mais acirrada entre as organizações. Este cenário altamente complexo, afetado por questões econômicas e sociais de alcance mundial, provocou também uma total transformação nos ambientes de negócio. Criar e sustentar diferenciais que garantam a sobrevivência das organizações é o grande desafio dessa nova era.
Gerar valor agregado aos negócios, melhorar os resultados, reduzir prazos e custos, desenvolvendo as pessoas. Tudo isso conquistado com o compartilhamento e disseminação do conhecimento presente na empresa, nos indivíduos, nos processos e nas áreas.

REFERENCIAL TEÓRICO
Desde o início de suas atividades, há mais de 50 anos, a Petrobras sempre buscou a valorização e o aprimoramento do seu capital humano e consequentemente do conhecimento organizacional. Seu espírito empreendedor possibilitou a inovação nos seus processos e a criação de uma base tecnológica própria. Seu pioneirismo e a sua cultura voltada para a excelência e a inovação foram as bases desse sucesso.
Nos últimos seis anos, como profissional de comunicação e gestor de informação na companhia, sempre me questionei qual o grande desafio da Gestão do Conhecimento na Petrobras... Minha resposta? Sem dúvida é o de aperfeiçoar e acelerar os diversos processos de compartilhamento e preservação do conhecimento, numa ação integrada, respeitando as particularidades de cada área, gerando e buscando melhorar ainda mais seus resultados.

METODOLOGIA
“Como a Organização Aprende” foi o nome dado a um projeto, em 2007, dentro do objetivo estratégico da companhia: preservar e disseminar o conhecimento em implementação de empreendimentos e prestação de serviços de engenharia, contido no mapa estratégico da gerencia executiva de engenharia, fazendo parte da perspectiva “Aprendizado e Crescimento”, que busca preservar e disseminar o conhecimento acumulado através da sistematização do processo de gestão do conhecimento, em uma estratégia de melhoria contínua dos processos de gestão da engenharia.
Hoje, como resultado desta estratégia, o processo “Lições Aprendidas” está sistematizado para a promoção, consolidação e compartilhamento da experiência acumulada pela força de trabalho da engenharia, a partir da adoção das práticas que tenham provado ser efetivas e que agreguem valor à companhia, evitando a ocorrência de erros.



O programa "Como a Organização Aprende" desdobra-se em dois projetos principais: “Mages – Manual de Gestão da Engenharia” e “Base Integrada de Conhecimento”.
O grande diferencial do Mages é explicitar as diretrizes estratégicas para cada processo de Gestão da Engenharia, Implementação de Empreendimentos e Prestação de Serviço de Engenharia, informando o que deve ser feito e quem na estrutura organizacional é o responsável por cada etapa.
A Base Integrada de Conhecimento fornece um ambiente integrado para o compartilhamento do aprendizado e das experiências da Força de Trabalho da Engenharia. Ela armazena o histórico do aprendizado organizacional, apoiando o processo de registro, análise e implementação de lições aprendidas, desde a coleta até a efetivação de mudanças nos processos e documentos normativos impactados.
Além das Lições Aprendidas, a base contém as Páginas Amarelas, uma espécie de “Quem é Quem” da Engenharia, no qual a Força de Trabalho inclui dados profissionais e pessoais em um banco de currículos, mapeando o conhecimento existente na Engenharia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A influência desta formação acadêmica na minha vida profissional é refletida nos últimos seis anos. Neste intervalo de tempo planejei, executei, monitorei e avaliei a melhoria dos resultados alcançados, e agi no amadurecimento da minha experiência no Gerenciamento das Comunicações de Projeto, área de conhecimento que emprega os processos necessários para garantir a geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destinação final das informações de forma oportuna e adequada.
Agora, através da Gestão do Conhecimento, e da vivência adquirida com a atuação no projeto "Como a Organização Aprende", e focado no enriquecimento da linha profissional que escolhi, minha principal preocupação é investigar a melhoria de desempenho nas organizações por processos de localização, extração, partilha e criação de conhecimento, assim como a aplicação das ferramentas e tecnologias de comunicação voltadas para esta gestão.

REFLEXÃO
"Uma organização que aprende é aquela habilitada a criar, adquirir, interpretar, transformar e reter conhecimento e, propositadamente, modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos". - David Garvin

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