sexta-feira, 13 de abril de 2007

Armazenamento geológico de CO2

Existe uma percepção distorcida da sociedade em relação ao armazenamento geológico de carbono. Essa foi a avaliação feita pelo consultor técnico do Cenpes, Paulo Cunha, e pelo pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), João Marcelo Ketzer, na palestra "Mitos e verdades sobre o armazenamento geológico de CO2", realizada na tarde do dia 11 de abril durante o segundo dia do I Seminário Brasileiro sobre Seqüestro de Carbono e Mudanças Climáticas.
Na avaliação de Ketzer, um dos principais mitos que precisa ser quebrado é justamente o que se relaciona ao armazenamento. A sociedade tem a impressão que o seqüestro geológico de carbono seria uma "bomba-relógio", pois se acredita que o local em que o CO2 seria estocado (antigas jazidas ou aqüíferos salinos profundos) não suportaria o gás por muito tempo.
Ketzer esclarece a questão, em números. "Essa é uma percepção que precisa mudar. São 25 bilhões de toneladas de CO2 por ano que a humanidade emite. Mas há espaços que são capazes de armazenar até seis vezes mais que todas as emissões acumuladas por um período de 50 anos", explica. "Existem campos naturais que armazenam carbono há mais de 240 milhões de anos, por exemplo, e já existem tecnologias para monitorar o comportamento do carbono", enfatiza Ketzer. O engenheiro Cristian Santarosa, da gerência de Biotecnologia e Tratamentos Ambientais do Cenpes, também tratou dessa questão na palestra "Percepção da sociedade brasileira sobre o armazenamento geológico de CO2".

Leia mais sobre o Seminário:

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FONTE: Comunicação Institucional

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