quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Fidel Castro...

Depois de quase 50 anos no poder, o líder cubano renunciou nesta terça-feira aos cargos de presidente e comandante das Forças Armadas. Em um artigo publicado no jornal do Partido Comunista, "Granma", ele afirmou que não vai mais voltar ao poder. Seu irmão Raúl Castro, que assumiu o cargo após o afastamento de Fidel, em julho de 2006, continuará na Presidência até que a Assembléia Nacional eleita em janeiro escolha o sucessor oficial de Fidel. Os deputados terão 45 dias para anunciar a decisão, embora a permanência de Raúl seja o mais provável, segundo analistas.
Reeleito para o Parlamento em janeiro deste ano, Fidel assegurou em seu artigo que não aceitará um novo mandato como presidente do Conselho de Estado e comandante-em-chefe do país quando a Assembléia Nacional se reunisse no próximo dia 24 para a escolha. Aos 81 anos, Fidel - que não aparece em público há 19 meses, desde que passou por uma cirurgia no estômago - alegou razões de saúde para se afastar do comando da ilha.
"Trairia minha consciência ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total que não estou em condições físicas de oferecer. Digo-o sem dramatismo", escreveu Fidel, afastado do cargo há um ano e meio para tratamento de saúde. "A meus queridos compatriotas, que me deram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo seio devem ser adotados acordos importantes para nossa Revolução, comunico que não aspirarei e nem aceitarei - repito - não aspirarei e nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-chefe."
Desde 1976, Fidel vinha sendo eleito e ratificado no cargo de Presidente do Conselho de Estado. Antes disso, já ocupava o poder em Cuba desde a Revolução Cubana que derrubou o governo de Fulgêncio Batista, em 1959. O líder cubano disse que continuará escrevendo no Granma, mas sua coluna "Reflexões do comandante-chefe" passará a se chamar "Reflexões do companheiro Fidel".

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