domingo, 27 de novembro de 2011

Foram vários os tombos este ano


Uma total dedicação a um projeto pessoal, fadado a dar errado desde o início, da forma como foi conduzido, e que acabou gerando uma enorme frustração, já que eu sempre acreditei que tudo iria mudar; uma velha esperança de mudança, na vida, que nunca aconteceu; decepção com pessoas que amei e me entreguei como filho, amigo, irmão; projetos profissionais atrapalhados por ganância e deslealdade de pessoas que se diziam amigas, que estiveram do meu lado por muito tempo...
Venho há tempos contemplando essa questão do dar e do receber. É muito comum querermos receber mais do que estamos recebendo. Sempre fui de reclamar... “eu dou, dou e dou, e não recebo nada em troca”. Por outro lado, conheço algumas pessoas que estão sempre dando e nunca lhes falta nada, estão sempre em estado de abundância e gratidão. Qual será o ponto de equilíbrio nisso tudo?!
Pra mim, no fundo de tudo isso, dar e receber são a mesma coisa! Devem acontecer ao mesmo tempo!!! Enquanto estou dando com uma mão, estou recebendo com a outra. Quando nos conectamos com o coração, que o amor, a entrega, que tudo é verdadeiro, não diferenciamos mais as duas atitudes, porque elas são partes de um só movimento, que é o movimento da entrega ao fluxo, e de saber a medida das coisas, de saber ouvir as próprias necessidades e as necessidades dos outros. E entender profundamente cada momento e cada pessoa, assim como são... Se isso não acontece é porque não existe conexão com o coração, com amor, com entrega... Nunca haverá estado de abundância e gratidão!
Para chegarmos nisso é necessário um esforço no sentido de reconhecermos nossas tendências de comportamento socialmente criadas, as culpas que carregamos por influência da nossa educação e vivência, e de todo o egoísmo e competição que a sociedade ensina. Precisamos nos corrigir, nos curar.
O maior erro do ser humano é o desejo de receber só para si mesmo. E que temos que ser ao mesmo tempo receptores e emissores, sair do ego que quer apenas receber. O passo pode ser dado por qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer situação. É só uma questão de olhar a situação de uma maneira diferente, e com generosidade, perceber que somos todos partes de um mesmo todo, e que ajudando os outros estaremos ajudando a nós mesmos, e vice-versa.

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