Aos 62 anos, morreu hoje de manhã no Rio de Janeiro Maria Augusta Carneiro Ribeiro, a única mulher entre os treze presos políticos trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick, sequestrado em 1969 pelo MR-8.
Ela está na célebre foto em que o grupo - que incluía José Dirceu, Vladmir Palmeira e Flávio Tavares - aparece em frente ao avião da FAB que a levou para o México.
Dez anos depois, com a anistia, voltou ao Brasil e desde 2003, trabalhava como Ouvidora da Petrobras.
Guta, como era conhecida, sofreu um acidente em Búzios (RJ) há cerca de um mês e desde então estava internada no hospital Copa d'Or.
Na foto que correu mundo em setembro de 1969, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, então com 22 anos, era a única mulher entre o grupo de guerrilheiros trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick, que incluía o deputado José Dirceu (na foto à esquerda, o segundo em pé a partir da esquerda). Na imagem histórica, Guta, como prefere ser chamada, não esboçava uma de suas marcas mais fortes: o sorriso franco e aberto. O momento era de extrema tensão. Naquela altura, a polícia política já havia localizado o cativeiro no qual um comando do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, o MR-8, mantinha o embaixador, no Rio de Janeiro. Corriam rumores de que, se conseguisse resgatar o americano antes de os prisioneiros políticos chegarem ao exílio, no México, eles seriam atirados do avião em alto-mar. Outro detalhe crucial é que os belos dentes de Guta haviam sido quebrados a murros por um torturador.
Guta preferia não lembrar esses detalhes. Mas se emocionava até as lágrimas ao contar os reflexos de seu trabalho nos grotões do País. No comando da Ouvidoria da Petrobras, ela colocou em prática uma política que prioriza os direitos humanos. “Embora com armas diferentes, continuo fazendo a mesma coisa, lutando por um Brasil melhor”, compara. A reviravolta começou na própria empresa, onde, durante 49 anos, as mulheres eram identificadas no masculino. As geólogas assinavam, portanto, como geólogos. As secretárias exibiam crachá como secretários e por aí afora. As mudanças mais emblemáticas, porém, acontecem nas comunidades nas quais a Petrobras atua, numa perspectiva de empresa extratora que assume responsabilidades. Tudo sob o olhar atento de Guta, até agora, e o apoio de um voluntariado corporativo que reúne mais de 1.200 pessoas e envolve 66 municípios. E ela ainda encontrava energia e tempo para se dedicar aos três filhos, o mais velho nascido com uma lesão cerebral grave, na Suécia, nos tempos de exilada.
Ela está na célebre foto em que o grupo - que incluía José Dirceu, Vladmir Palmeira e Flávio Tavares - aparece em frente ao avião da FAB que a levou para o México.
Dez anos depois, com a anistia, voltou ao Brasil e desde 2003, trabalhava como Ouvidora da Petrobras.
Guta, como era conhecida, sofreu um acidente em Búzios (RJ) há cerca de um mês e desde então estava internada no hospital Copa d'Or.
Na foto que correu mundo em setembro de 1969, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, então com 22 anos, era a única mulher entre o grupo de guerrilheiros trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick, que incluía o deputado José Dirceu (na foto à esquerda, o segundo em pé a partir da esquerda). Na imagem histórica, Guta, como prefere ser chamada, não esboçava uma de suas marcas mais fortes: o sorriso franco e aberto. O momento era de extrema tensão. Naquela altura, a polícia política já havia localizado o cativeiro no qual um comando do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, o MR-8, mantinha o embaixador, no Rio de Janeiro. Corriam rumores de que, se conseguisse resgatar o americano antes de os prisioneiros políticos chegarem ao exílio, no México, eles seriam atirados do avião em alto-mar. Outro detalhe crucial é que os belos dentes de Guta haviam sido quebrados a murros por um torturador.
Guta preferia não lembrar esses detalhes. Mas se emocionava até as lágrimas ao contar os reflexos de seu trabalho nos grotões do País. No comando da Ouvidoria da Petrobras, ela colocou em prática uma política que prioriza os direitos humanos. “Embora com armas diferentes, continuo fazendo a mesma coisa, lutando por um Brasil melhor”, compara. A reviravolta começou na própria empresa, onde, durante 49 anos, as mulheres eram identificadas no masculino. As geólogas assinavam, portanto, como geólogos. As secretárias exibiam crachá como secretários e por aí afora. As mudanças mais emblemáticas, porém, acontecem nas comunidades nas quais a Petrobras atua, numa perspectiva de empresa extratora que assume responsabilidades. Tudo sob o olhar atento de Guta, até agora, e o apoio de um voluntariado corporativo que reúne mais de 1.200 pessoas e envolve 66 municípios. E ela ainda encontrava energia e tempo para se dedicar aos três filhos, o mais velho nascido com uma lesão cerebral grave, na Suécia, nos tempos de exilada.
Vai fazer muita falta esta mulher!!!
6 comentários:
Nem tanto. No final da vida a Guta tomou uma atitude vergonhosa. Apoiou publicamente o sequestro praticado pela sua sobrinha, que fugiu com o filho de 4 anos dos EUA e durante anos impediu a crianca de ser vista pelo pai. A sobrinha morreu, e o amante/advogado que virou marido tenta conseguir a guarda da crianca na justica, alegando "paternidade sócio-afetiva". Imagina se a moda pega e sequestradores comecarem a fazer isso por aí.
http://bringseanhome.org/
Essa foi tarde!
Ding Dong! The Witch is dead. Which old Witch? The Wicked Witch!
Ding Dong! The Wicked Witch is dead.
Wake up - sleepy head, rub your eyes, get out of bed.
Wake up, the Wicked Witch is dead. She's gone where the goblins go,
Below - below - below. Yo-ho, let's open up and sing and ring the bells out.
Ding Dong' the merry-oh, sing it high, sing it low.
Let them know
The Wicked Witch is dead!
Tive a honra de conhecer a Guta e por isso estou muito triste. A Petrobras e o Brasil perdem uma das suas figuras mais ilustres, e os amigos perdem esta mulher generosa, de sorriso franco e aberto. Vai com Deus Guta, você vai fazer muita falta mesmo! Telma
tens certeza borboleta?
www.bringseanhome.org
Ela espalhou boatos inflamando o povo contra David Goldman, nao precisaria mentir pra ficar com o sobrinho neto. Golpe baixo. Sem contar a indenozacao milionaria de 1 milhao e 500 mil reais que ela estava recorrendo na justica. Lamento sua morte.Rezo por sua alma mas nao usem isso como argumento contra a luta de David,Ainda nao aprenderam a liçao?
Qts mais morrerao? quanto odio vcs estao espalhando no mundo. Tudo que esse pai quer é o filho dele.
Custa tanto assim? Filho e pai, nao ha força maior no mundo.Amor de pai e mae.
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