segunda-feira, 15 de julho de 2013

Judô nas escolas!!!

Consta no MEC que desde 2007 o Judô está sendo inserido em escolas e universidades de todo o país. A idéia é usar o esporte e tudo o que ele traz de bom para o aluno do ponto de vista do aprendizado, disciplina e concentração para melhorar as condições das escolas públicas e universidades. 
 
O judô foi criado no final do século XIX, no Japão, por Jigoro Kano. Kano baseou-se nas técnicas de um sistema de autodefesa tradicional japonês imortalizado no imaginário ocidental pela figura do samurai. (SUGAI 2000). 
 
A intenção de transformar uma arte marcial tão antiga e popular em outra deve-se, muito provavelmente, à sua formação de filósofo: Kano modificou as técnicas de luta exclusivas para combate em uma arte que se propõe a formar o ser humano, baseando-se na percepção de sua limitação para ultrapassá-la. 
 
A graduação no judô tem duas grandes etapas chamadas Kyu e Dan. A etapa iniciante é o Kyu e se apresenta em ordem decrescente, representada pela cor expressa na faixa do kimono. Nesse sentido, a faixa branca é o 8º kyu e a faixa marrom o 1º kyu. A segunda parte da graduação chama-se Dan que, ao contrário do kyu, é desenvolvido de modo crescente. A gora um faixa preta, o praticante já passou pela introdução à luta e o momento é de se aperfeiçoar. 
 
Os fundamentos básicos centram-se em cinco categorias: 
 
  1. Postura corporal (shinsei) – Baseia-se em dois tipos: a postura normal do corpo e a postura defensiva (jigotai); 
  2. Movimentação do praticante no tatame (shintai) – Baseia-se em três tipos: andar de modo comum (ayumi-ashi), andar arrastando os pés (suri-ashi) e andar apenas com uma das pernas à frente, arrastando a outra (tsugi-aschi); 
  3. Giros do corpo (tai-sabaki) – São também três tipos: o giro para frente (mai-sabaki), giro para trás (ushiro-sabaki) e giro para os lados (yoko-sabaki); 
  4. Formas de pegadas (kumi-kata) – Podem ser feitas tanto do lado esquerdo (hidari) ou do direito (migui). Elas podem ser feitas na gola (eri), na manga (sode) e na calça (chitabaki). São proibidas as pegadas por dentro da manga e por dentro da barra da calça; 
  5. Amortecimento de quedas (ukemi) – Totalizam dez tipos, que se dividem em três tipos para trás, dois tipos para frente, três tipos para os lados e dois tipos de rolamento.
A base filosófica em questão torna-se evidente no trato educacional da formação moral dos praticantes, deve ser estabelecido um paralelo sobre o que se ensina na prática e a vida cotidiana. Essa filosofia de ceder pra vencer e cair para se levantar é um dos princípios da humildade, simplicidade, onde o aluno aprende que deve se esforçar para aprender, independendo de tão qual difícil seja, ele deve saber superar todos os obstáculos.
Os efeitos positivos da pratica do judô ajudam os alunos nos ajustes social, auto-estima, atitudes sociais e relacionamento intersociais.

A pratica do judô não só colabora para o fortalecimento do corpo mas também do seu espírito. Esse principio filosófico é aplicado na sua vida social superando desafios e obstáculos. A disciplina ensinada dentro do tatame e também utilizada fora dele, a interação da pratica leva o praticante a solucionar questões sem o uso da força.

A prática deste esporte serve como aprimoramento do autodomínio para superar seus próprios limites e a ajuda ao próximo.

Embora a visão do leigo seja que o esporte é uma violência visível, o certo é que o respeito mutuo é muito intenso. Se hoje eu sou o vencedor, amanhã serei o vencido e terei que me levantar! Essa e a matiz que move a nossa vida social!!!

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