sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A caça aos negócios com os caças

 
 

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via Tribuna da Imprensa de Helio Fernandes em 11/09/09

Complicou de vez o negócio dos aviões. Comprado pelo Brasil, vendido pela França, e a cada dia aparecendo mais países interessados, concluíram, é um negócio da China. Ainda com a presença, aqui, do presidente Sarkozy, Lula disse apressadamente: "O negócio está concluído". Não estava.

Em vez de compra e venda, leilão

O Ministro da Defesa não sabia de nada, a FAB estava estudando há anos um outro projeto, o próprio comandante da Aeronáutica também não sabia de nada, evidente que houve descontentamento. Agora os americanos entraram pressionando, no velho estilo que com Obama, parecia superado.

O negócio não sai tão cedo

Terá que haver exame aprofundado das diversas propostas. A Dassault, que acreditava ter fugido da falência, entrou em desespero. Já tendo perdido várias concorrências com firmas dos EUA, festejavam: "Pelo menos ganhamos a última batalha, adeus falência". Não era isso.

Guerra de imprensa na França

Não é nem arriscado dizer: a Dassault vai deixar de fazer essa venda suculenta, e os jornais mais importantes tomam posição contra a Dassault. Motivo principal: a Dassault controla o "Figaro", jornal de extrema direita, mas de grande circulação.

O maior jornal?

Paulo Bitencourth, dono do "Correio da Manhã", me dizia no seu belo apartamento da Avenida Paul Doumerg, Paris: "Helio, é o maior jornal do mundo". Não era e não existe isso.

Na França, quase todos de esquerda

Tirando o "Figaro", a esquerda tem voz privilegiada na França. E como o concorrente é de direita, fazem campanha contra o negócio, consideram explicitamente: "Pode ser um bom negócio, mas a França não depende disso". Golpeiam o concorrente, salvam a pátria.

A questão ficou mais grave, não só na França
mas também no Brasil

A Aeronáutica não trata de outro assunto, diariamente mas não publicamente. Lógico, espera a conclusão. Mas agora surgiu um outro fato importantíssimo: a demissão do Brigadeiro Antonio Hugo Pereira Chaves, que contrariou negócios do presidente de uma firma globalizada, a Alcantara Cyclone Space.

Negócios contra a hierarquia

Esse caso que tramitava pelos bastidores, foi revelado pelo repórter Merval Pereira, num furo espetacular. O que se esperava: que o oficial da FAB, de grande dignidade e credibilidade, fosse respeitado e prestigiado. Acontece que negócios desse vulto, têm mais bordados e galardões do que a farda de um oficial.


 
 

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