segunda-feira, 8 de junho de 2009

COMUNICAÇÃO, AGENTE E PACIENTE DA GESTÃO

A intensidade dos fluxos de informação através de uma trama de canais que permeia a organização é sinal seguro da energia com que é implantado o programa de gestão. Por sua vez, a gestão da informação que circula nesta rede é uma indicação segura da maturidade empresarial e do estágio de desenvolvimento do programa de gestão.

Comunicação pobre, dispersa, irregular, improvisada, inoportuna, significa “mais uma no mercado”, com um sistema de comunicação gaguejante, e um programa de gestão fraco e hesitante. O sucesso, portanto, é diretamente proporcional à eficiência e à própria gestão do sistema de comunicação.

No cenário empresarial, a comunicação joga um duplo papel. Ora é instrumento, ora é parte intrínseca do programa de gestão. Com frequência, ela é o componente do sistema de gestão que garante a gestão final dos produtos e serviços, mas com igual frequência ela também é objeto do programa de gestão.

O manual do usuário de qualquer produto é um bom exemplo desta natureza ambígua. Ele é peça do produto - a rigor é a peça que diz como o produto funciona - e, portanto, é componente da gestão do produto. Mas o manual interno que ensina como deve ser produzido o manual do usuário é um documento e parte da gestão do fabricante. Este fica na empresa, aquele é incorporado ao produto. E repetindo para enfatizar: a comunicação ora é parte do sistema de gestão da gestão, ora é componente da gestão do produto ou serviço. E esta dupla condição precisa ser prevista no planejamento dos dois sistemas: de gestão e de comunicação.

Em alguns casos, é ocioso tentar desfazer a ambiguidade dos papéis da comunicação. Basta reconhecer que a comunicação, como objeto ou instrumento do programa de gestão, deve ser examinada como processo operacional, para o qual devemos prever controles, avaliação e desenvolvimento.

Neste particular, os programas de gestão existentes deixam para cada organização a forma de implantar um sistema de comunicação, no ritmo que for compatível com seus recursos e planos.

É neste ponto, na encruzilhada em que se opta por um entre muitos projetos de comunicação, que as empresas começam a ser diferentes umas das outras. É neste ponto também que as possibilidades de sucesso se repartem de forma desigual. As opções que devem ser feitas para o sistema de comunicação implicam a sorte de todo o programa de gestão da empresa. Sem nenhuma hesitação, é possível afirmar que as probabilidades de sucesso do programa de gestão são diretamente proporcionais à gestão das decisões que forem tomadas na área da comunicação.

Implantar, administrar a comunicação, mantê-la sintonizada com a missão da empresa e suas metas operacionais são as condições fundamentais para o êxito, especialmente para aquelas empresas que desejam uma auditoria tranquila na ocasião das certificações e uma participação forte e lucrativa no mercado globalizado.

Estes são, portanto, alguns dos fatos que definem a importância e o papel da comunicação dentro da empresa e em particular dos programas de gestão:

  1. O sucesso do programa de gestão é diretamente proporcional à qualidade das decisões que forem tomadas na área da comunicação.
  2. A gestão da informação que circula na empresa indica o estágio de desenvolvimento do programa de gestão.
  3. A comunicação tem o status de infra-estrutura nos programas de gestão.
  4. O planejamento de uma empresa deve incluir a comunicação nas suas duas condições: objeto e instrumento do programa de gestão.



Figura – Processo de Comunicação Integrada / Exemplo de um Ciclo de Realização de Projetos.

Fonte: BIREME é um Centro Especializado da OPAS[1], em colaboração com Ministério de Saúde, Ministério da Educação,
Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo. (http://www.bireme.br)



[1] A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) é um organismo internacional de saúde pública com mais de 100 anos de experiência no trabalho para melhorar a saúde e qualidade de vida dos países das Américas. Serve como a organização especializada de saúde do Sistema Inter-Americano. Também serve como o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde e goza de reconhecimento internacional como parte do sistema das Nações Unidas. (http://new.paho.org/hq/)

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